Márcia V. Malcher dos Santos
Doutora em Sociologia pela Universidade de São Paulo (USP), Mestre em Sociologia pela Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) e Graduada em Comunicação Social (habilitação em Jornalismo) pela Universidade Estadual de Londrina (UEL). Entre 2020 e 2022 atuou como professora do Departamento de Fundamentos da Educação (DFE) da Universidade Estadual de Maringá (UEM) e, desde 2023, é professora da Faculdade de Ciências Sociais (FACS) do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas (IFCH) da Universidade Federal do Pará (UFPA/Amazônia/Brasil). Possui experiência nas áreas da Sociologia, Educação, Comunicação e Cultura, com ênfase nos estudos sobre imagem e cinema.
ARTIGO
Séries que vendem rebeldia, mas entregam resignação
O que Round 6, Coringa, The Boys e os reality shows têm em comum? Uma hipótese: ao absorver a crítica ao neoliberalismo, a indústria cultural reduz todo afeto rebelde a seus termos e reforça, como um “fim da história”, o realismo capitalista.
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Som e Fúria no Cinema Brasileiro: Cultura e política desde Pernambuco
Este ensaio busca evidenciar as disposições políticas do cinema de Kleber Mendonça Filho a partir de seus três longas-metragens de ficção, O som ao redor (2012), Aquarius (2016) e Bacurau (2019), de maneira a apontar a qualidade dos encontros e desencontros de sua obra com a realidade socio-histórica brasileira, especialmente na última década, período marcado pelos protestos massivos de 2013, pela deposição da presidenta Dilma Rousseff (2016) e pela eleição de Jair Bolsonaro (2018). Para tanto, situa Kleber Mendonça como parte da cena contemporânea de cinema de Pernambuco e propõe uma abordagem analítica que articula fatores estéticos e extraestéticos de modo simultâneo. Conclui que essa tríade fílmica, ainda que constituída por formas de prática paradoxais, é uma importante contribuição para pensar o Brasil, a sua história recente e a relação existente entre cultura, política e sociedade.
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Uma cineasta à altura dos desafios de nosso tempo
Chloé Zao, vencedora do Oscar com Nomadland, desvela um capitalismo tão melancólico quanto brutal. Em Song my brothers (2015), seu 1° longa, sob um drama familiar indigena, as novas facetas do colonialismo - e de seu enfrentamento