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Fátima Queiroz

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Maria de Fátima Ferreira Queiróz. Graduada em Fisioterapia pela Faculdade de Ciências Médicas de Minas Gerais-Brasil. Professora associada e pesquisadora da Universidade Federal de São Paulo. Doutora em Saúde Pública-Saúde do Trabalhador pela USP-Universidade de São Paulo. Pós-doutorada pela Universidade Nova de Lisboa–Instituto de História Contemporânea. Investigadora associada do Grupo de Investigação História Global do Trabalho e dos Conflitos Sociais-UNL-IHC. Pesquisadora do Núcleo de Estudos e Pesquisas: Trabalho, “Questão Social” e América Latina-NEPTQSAL.

Tem experiência na área do Trabalho e Saúde Coletiva, desenvolvendo pesquisas nas seguintes áreas temáticas: agravos à saúde dos trabalhadores, análise ergonômica das condições de trabalho, organização do trabalho e adoecimento dos trabalhadores, fadiga gerada pelo trabalho e organização dos trabalhadores no enfrentamento da exploração capitalista. Desde 2008 desenvolve pesquisas na área do processo histórico do trabalho portuário, organização do trabalho portuário e o processo saúde/doença destes trabalhadores. Organizadora e autora dos livros Porto de Santos: Saúde e Trabalho em Tempos de Modernização e As Metamorfoses do Trabalho Portuário: Mudanças em Contexto de Modernização.

ARTIGO

Estivadores Portugueses Organização do trabalho e acidentes

Os riscos são onipresentes aos ambientes de trabalho e representam importantes problemas de saúde coletiva. Em determinadas profissões os riscos são de maior gravidade, como no caso dos estivadores. Este artigo apresenta os acidentes de trabalho nos portos portugueses de Lisboa, Figueira da Foz e Sines, objetivando conhecer a relação entre os acidentes e o modo como o trabalho está organizado a partir do entendimento dos trabalhadores. Foi aplicado questionário contendo questões relativas à organização do trabalho e ao acidente de trabalho. A amostra contou com 140 estivadores. Os dados foram objetos de análise descritiva e teste do qui-quadrado (p<0,05). O acidente de trabalho com estivadores foi associado à exigência rígida de controle (p=0,005) e à condição de ter vivenciado incidente de trabalho (p=0,003). Os estivadores mencionam que não se sentem seguros no trabalho e relatam a dimensão das exigências diárias no porto.

ARTIGO

Percepção dos trabalhadores inseridos na reabilitação profissional do Instituto Nacional do Seguro Social: a organização do trabalho adoece?

O artigo apresenta dados de pesquisa realizada com trabalhadores afastados de suas atividades laborais, por acidente, e no Programa de Reabilitação Profissional do Instituto Nacional do Seguro Social. Objetiva compreender a percepção desses trabalhadores sobre o trabalho e a condição de adoecimento em relação à organização do próprio trabalho, ao gênero (homem) e à saúde dos trabalhadores. A pesquisa foi qualitativa, de intervenção, com o recurso de oficinas. A análise foi feita pelo Discurso do Sujeito Coletivo. Os dados coletados apresentam o trabalho reconhecido como condição de existência, porém, por interesses do capital, o trabalhador não se reconhece para além da relação de troca e se aliena no mundo do trabalho, o que se reflete na relação saúde-doença.

ARTIGO

Trabalho e Saúde dos Estivadores do Porto de Lisboa

A presente investigação tem como objetivo analisar o processo de trabalho no porto de Lisboa, as formas de organização do trabalho das empresas portuárias e a configuração de diferentes experiências de saúde e adoecimento dos trabalhadores. A pesquisa encontra-se em curso, com etapas metodológicas de abordagem quantitativa e qualitativa, incluindo: a abordagem ergonômica do trabalho; o quadro de saúde/adoecimento dos trabalhadores. Integra ainda os métodos a avaliação da organização do trabalho via discurso dos trabalhadores, objeto do presente artigo. O discurso dos trabalhadores foi coletado por meio de entrevistas semiestruturadas, utilizando-se gravação digital com a posterior transcrição literal, e a análise pelo Discurso do Sujeito Coletivo. Foram entrevistados 14 estivadores, sendo 11 permanentes, 1 eventual e 2 reformados, com idades entre 31 e 81 anos.

ARTIGO

Condição de Trabalho dos Estivadores na Peação (Lashing) de Contentores – processo de trabalho manual em tempos de moderna tecnologia

O objetivo é compreender o trabalho de estiva e detectar as condições em que o trabalho é desenvolvido, na peação de contentores, no porto de Santos/Brasil. O método foi desenvolvido com abordagem qualitativa que visou o conhecimento do trabalho a partir de observação da realização do trabalho real - abordagem desenvolvida com base nas análises ergonômicas do trabalho em duas pesquisas - e a partir da realização de oficinas com os trabalhadores. Foram desenvolvidas quatro oficinas com quatro estivadores e dois docentes.

ARTIGO

Ser docente no Século XXI: o trabalho em uma universidade pública brasileira

O artigo apresenta as condições do trabalho docente em uma universidade pública brasileira em contexto de mudanças no setor da educação. O objetivo é analisar as percepções de docentes sobre o trabalho em relação à organização do trabalho e às implicações no binômio saúde/doença. Trata-se de um estudo com abordagem qualitativa pautado em entrevistas semiestruturadas sobre questões que abordam o processo de trabalho dos docentes, a partir de suas experiências, desejos e sensações. Foram entrevistados sete docentes, e a análise da fala teve como base o método do discurso do sujeito coletivo. Os resultados apresentam as condições de trabalho dos docentes sob processo de intensificação, prolongamento de jornadas e adoecimento desses trabalhadores. 

ARTIGO

As novas encruzilhadas do trabalho Portuário em tempos de pandemia da COVID 19

A pandemia levou a população mundial a adotar regras de isolamento social e normas de segurança que têm por objetivo “impedir” a disseminação do vírus. Nessa condição pandêmica, o trabalho, como central para reprodução do modo capitalista de produção foi severamente afetado pela impossibilidade de se manter nos moldes anteriores ao processo pandêmico. Trabalhadores foram declarados como essenciais, incluindo os portuários. Assim, este artigo tem como objetivo refletir sobre o trabalho portuário no contexto da pandemia de Covid-19. O artigo apresenta um breve contexto do trabalho portuário em nível mundial e suas respectivas realidades frente à pandemia e, por conseguinte, o trabalho portuário no Brasil, suas transformações históricas sucedidas com a adoção das políticas neoliberais, e finaliza abordando a situação dos trabalhadores portuários brasileiros em tempos de pandemia. As considerações finais indicam que mesmo o país passando por um dos momentos mais críticos de sua história, imerso numa crise de saúde pública, o interesse com a saúde e condições de trabalho dos portuários não é a pauta no meio empresarial e do Estado.

ARTIGO

Epidemiologia crítica latino-americana em carta ao Senhor Futuro. Um outro mundo ainda é possível?

As reflexões de Jaime Breilh são impulsionadas por sua percepção das desigualdades sociais no Equador e se inserem na medicina social latino-americana nas décadas de 1970-1980. Após mais de quatro décadas, o autor representa o Sul global e epistêmico, particularmente a América Latina, em seu livro Critical Epidemiology and the People’s Health 1 da coleção Small Books, Big Ideas in Population Health, a convite da Universidade de Oxford (Reino Unido). A ausência da bibliografia latino-americana nos círculos intelectuais do Norte é uma característica. Segundo Nancy Krieger (no prefácio do livro de Breilh 1), as teorizações e os argumentos de Breilh parecem ser de “outro mundo” quando contrastados com a literatura epidemiológica norte-americana e europeia, mas a autora reconhece tal situação e percepção como limites dos meios intelectuais do Norte, visto que a epidemiologia crítica é enraizada em parte relevante do mundo.

ARTIGO

Indústria 4.0 e trabalho 0.4: colonialismo digital e a intensificação do trabalho

O presente artigo aborda as configurações do trabalho e suas evoluções históricas, partindo do início do capitalismo, sua expansão na Revolução Industrial, até a indústria 4.0 e suas tecnologias mais modernas para a precarização e exploração da força de trabalho. Nesse mesmo prisma, destaca as determinações reflexivas entre o capitalismo e o racismo, evidenciando a perpetuação da dinâmica de dominação étnico-racial, agora com as mais novas e sofisticadas ferramentas tecnológicas.